A dimensão e
complexidade do fenómeno do tráfico de seres humanos (TSH) requer um
envolvimento ativo das comunidades locais na prevenção e combate deste
fenómeno, que começa e acaba numa comunidade. O combate ao TSH deve ser uma
tarefa prioritária de toda a sociedade e não um dever exclusivo do Estado.
A Associação de
Estudos Estratégicos e Internacionais (NSIS) está a implementar uma metodologia
inovadora em Portugal, com o primeiro projeto piloto a ser realizado no
concelho de Odivelas na Freguesia da Pontinha-Famões. Este projeto criou uma
rede de instituições de todos os setores (Câmara Municipal, Junta de Freguesia,
PSP, Centros de Saúde, Associações Empresariais, Escolas, ONG, entre outros) que
transversalmente contribuirão para a criação de um plano local de combate ao
TSH, para uma ação continuada e concertada de prevenção e sensibilização para o
TSH e também para a criação de Comunidades Ativas Contra o Tráfico de Pessoas
(CAT).
As (CAT) são comunidades
que se caraterizam por ter um nível de conhecimento elevado sobre o TSH,
estarem consciencializadas e mobilizadas para a defesa dos direitos humanos,
funcionar de forma articulada em rede, integrando não só instituições dos três
setores que apoiam horizontalmente o processo mas também grupos de cidadãos
ativos, cujo papel é essencial na prevenção.
O projeto incluirá
sessões de sensibilização pública, formação a instituições-chave, criação de um
plano local de combate ao TSH, criação de um sistema de proteção e apoio à
vítima de tráfico, disseminação de boas práticas na prevenção e na proteção das
vítimas e criação de CATs.
O projeto piloto
será realizado entre dezembro de 2013 e dezembro de 2014 com medição dos seus
resultados e impactos, com vista a replicá-lo em vários contextos geográficos
portugueses.
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